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25 de Abril de 2024
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    Operação Ventania - Justiça Federal recebe denúncia contra quadrilha que falsificava dinheiro e documentos

    A Justiça Federal de São Paulo recebeu denúncia contra doze pessoas investigadas durante a operação Ventania, da Polícia Federal, que desbaratou uma quadrilha de falsificadores de moeda e documentos. Os integrantes foram denunciados por formação de quadrilha, falsificação e introdução em circulação de moeda falsa. Parte dos integrantes responde também por falsificação de documento público, uso de documento falso e receptação.

    Após quebra de sigilo fiscal e telefônicos, autorizados pela Justiça Federal, foi descoberto um grande esquema criminoso envolvendo mais de uma dezena de pessoas, voltado à falsificação de moedas e documentos que tinha base na capital paulista, mas que se estendia por todo o país.

    Dentro desta quadrilha, havia um núcleo menor especializado não só na distribuição, mas na fabricação das notas falsas, liderado por José Alberto Borges Serafim (conhecido como João), composto também por Vagner Barbosa dos Santos (conhecido como Fábio), Cristiano Alves Borges Serafim (conhecido como Buda), Francisco Felix Gonzalez Pisciottano (conhecido como Gringo), Alexandre Albuquerque Melo (conhecido como Alê) e Eliana Fernandes Pantaleão (conhecida como Eliana), a maioria deles já com vasta ficha criminal, incluindo inquéritos e processos de falsificação.

    Alguns dos integrantes, além de colocarem em circulação as notas falsas, atuavam também na falsificação de documentos públicos. Genivaldo Pedro da Silva (conhecido como Pernambuco), Albino Francisco da Silva Filho (conhecido como Bino) e Sebastião Adalberto Cury (conhecido como Véio) falsificavam RGs, CPFs, CNHs, DUTs, carteiras profissionais, comprovantes de endereço e cheques de instituições bancárias diversas, inclusive da Caixa Econômica Federal.

    Também foram denunciados Lourenço Ferreira Alexandre, José Marcelo de Vasconcelos e Suely Alves da Silva Oliveira. Os três intermediavam a colocação da moeda falsa em circulação, auxiliando também o primeiro deles na confecção das mesmas.

    Como forma de pagamento, João e Fábio também recebiam, além de dinheiro, objetos e veículos roubados, que trocavam por cédulas falsas, razão pelo qual foram denunciados pelo crime de receptação (art. 180 do Código Penal).

    Nas escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça Federal, os membros da quadrilha costumavam usar palavras em código, numa tentativa de esconder os atos criminosos. Expressões como camisetas, amarelas, vermelhas, marrom, caixa pequena/grande, eram usadas para se referirem às cédulas falsas de real. Assim como utilizavam também palavras como furadeira, para se referirem a impressora, ou fio ou fiação, para se referirem às tiras que produzem relevo nas notas.

    PELO TELEFONE Um dos integrantes da quadrilha, Bino, já havia sido preso e condenado em 2004 por operar um esquema conhecido como Disque-dinheiro falso. Solto desde 2008, ele continuava a praticar o crime com habitualidade, mesmo cumprindo pena de prestação de serviços comunitários. Quando foi preso pela Polícia Federal, também portava documentos falsificados.

    Dos doze denunciados, onze tiveram prisão preventiva decretada. Lourenço Ferreira Alexandre, que não foi encontrado quando a Operação Ventania foi deflagrada, está foragido.

    OS ACUSADOS E OS CRIMES

    1) José Alberto Alves Borges Serafim (conhecido como João, Careca, Carequinha, Marrom): receptação (art. 180 do CP), quadrilha ou bando (art. 288 do CP) e moeda falsa (art. 289, caput e 1º do CP);

    2) Vagner Barbosa dos Santos (conhecido como Fábio): moeda falsa, receptação e quadrilha;

    3) Francisco Felix Gonzalez Pisciottano (conhecido como Gringo, Estrangeiro, Cabeça ou Cabecinha): moeda falsa e quadrilha ou bando;

    4) Cristiano Alves Borges Serafim (conhecido como Buda): moeda falsa, quadrilha ou bando, falsificação de documento público (art. 297 do CP) e uso de documento falso (art. 304 do CP);

    5) Alexandre Albuquerque Melo (conhecido como Ale, Alexandre, Bozó ou Xande): moeda falsa e quadrilha;

    6) Eliana Fernandes Pantaleão (conhecida como Eliana, Véia ou Bordadeira): moeda falsa, quadrilha ou bando e uso de documento falso;

    7) Albino Francisco da Silva Filho (conhecido como Bino, Bina Figura, Bola ou Dr. Bola): moeda falsa, quadrilha ou bando e falsificação de documento público;

    8) Genivaldo Pedro da Silva (conhecido como Pernambuco): moeda falsa, quadrilha ou bando e falsificação de documento público;

    9) Sebastião Adalberto Cury (conhecido como Véio, Pé, Pezão, Titanic ou Tita): moeda falsa, quadrilha e falsificação de documento público;

    10) Suely Alves da Silva Oliveira (conhecida como Su ou Sueli): moeda falsa e quadrilha;

    11) Lourenço Ferreira Alexandre (conhecido como Gustavo): moeda falsa e quadrilha;

    12) José Marcelo de Vasconcelos (conhecido como Marcelo): moeda falsa e quadrilha;

    Procuradoria da República no Estado de S. Paulo

    Assessoria de Comunicação

    Mais informações à imprensa: Fred A. Ferreira

    11-3269-5068

    ascom@prsp.mpf.gov.br

    www.twitter.com/mpf_sp

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